Luan era um jovem de 24 anos, morador de uma pequena cidade do interior de Goiás. 

Sempre foi fascinado pela justiça, pelo senso de ordem e, acima de tudo, pela ideia de servir ao país. 

Ainda na infância, via com admiração os policiais federais nos noticiários, combatendo o tráfico, desarticulando quadrilhas e protegendo as fronteiras. 

Aquilo despertava algo dentro dele: um chamado!

Mas a vida, como sempre, impõe seus testes. 

Luan cresceu em uma família humilde, onde trabalhar cedo era necessidade, não opção. 

Aos 18 anos, conciliava um emprego de auxiliar de serviços gerais com os estudos à noite. 

Muitos diziam que ele estava sonhando alto demais. 

Concurso da PF? Isso é pra quem tem dinheiro pra cursinho caro!”, diziam. 

E por um tempo, ele acreditou nisso.

Foi só quando perdeu um amigo para o mundo do crime, ainda adolescente, que algo dentro dele mudou. 

Aquilo não podia ser o fim da história. 

Luan decidiu que seria um agente da mudança. 

E foi assim que sua jornada começou. 

Buscando apostilas gratuitas, maratonando vídeos no YouTube e estudando aos domingos enquanto os amigos iam ao bar. 

Foi aí que ele descobriu o edital do concurso PF 2025.

Como em toda jornada, vieram os desafios: falta de motivação, cansaço, notas baixas nos simulados… 

Luan então pensou em desistir. 

Mas, quando se lembrou da dura realidade de vida que ele e sua família possuía, algo se reacendeu dentro dele.

Hoje, Luan aguarda ansiosamente pelo concurso da PF 2025.

Se a história de Luan se parece um pouco com a sua, fique comigo até o final deste artigo para descobrir todos os detalhes do concurso da PF 2025.

Guia Direitos dos Concurseiros

Sumário

O que é o concurso da PF 2025?

O concurso da Polícia Federal – PF 2025, é o processo seletivo realizado para contratar servidores para os diversos cargos da instituição, que é responsável por investigar crimes federais, combater o tráfico de drogas, o crime organizado, a corrupção e proteger as fronteiras do Brasil. 

Ele é promovido pelo Governo Federal por meio de editais que definem regras, etapas e número de vagas disponíveis.

Os principais cargos ofertados normalmente são:

Além disso, existe a possibilidade para área administrativa, com oportunidades para níveis médio e superior em funções como agente administrativo, administrador, contador, entre outras.

Os concursos da PF são bastante concorridos e exigem formação específica (em especial, nível superior completo), além de aprovação em diversas fases: provas objetivas e discursivas, exame físico, avaliação médica e psicológica, investigação social e curso de formação na Academia Nacional da Polícia.

Qual o status atual do Concurso PF 2025?

Até a presente data (Maio de 2025), o concurso da Polícia Federal para cargos policiais e administrativos encontra-se em status de alta expectativa, com fortes indicativos de previsão e solicitação formalizada junto ao Ministério da Gestão e Inovação – MGI.

  • Solicitação: o órgão já manifestou e formalizou a necessidade de novas vagas;
  • Autorização: aguarda-se a publicação da portaria de autorização formal pelo MGI no Diário Oficial da União – DOU, que definirá o número exato de vagas por cargo. Obs.: fontes de notícias do setor indicam que a autorização pode estar próxima ou já ter ocorrido para alguns cargos (essa informação carece de confirmação oficial ampla no DOU até o momento);
  • Banca Organizadora: o Cebraspe foi escolhido novamente para organizar o concurso da PF, assim como nos últimos certames.

Recomendação: acompanhe de perto o Diário Oficial e as comunicações oficiais do MGI e da própria Polícia Federal

A publicação da portaria de autorização é o sinal verde definitivo para o início dos preparativos do edital.

Cargos, vagas e remuneração

Vou te mostrar agora quais são os cargos, quantidade de vagas e remuneração estimada para o Concurso PF 2025.

Área Policial – Nível Superior

  • Cargos: Agente de Polícia Federal, Escrivão de Polícia Federal, Papiloscopista Policial Federal, Delegado de Polícia Federal, Perito Criminal Federal (diversas áreas);
  • Vagas (Estimadas): a solicitação total é robusta (fontes mencionam mais de 1000 vagas para a área policial), mas o número autorizado pelo MGI pode ser diferente;

Remuneração Inicial (Estimada)

A remuneração estimada para os cargos de Agente, Escrivão e Papiloscopista é de aproximadamente R$ 14.700,00, enquanto o de Delegado, Perito criminal é de R$ 27.800,00.

Área Administrativa

  • Cargos (estimados): Agente Administrativo (Nível Médio) e cargos de Nível Superior em diversas áreas (Administração, Contabilidade, TI, etc.);
  • Vagas (estimadas): fontes mencionam cerca de 192 vagas solicitadas ou previstas;
  • Remuneração inicial (estimada): Nível Médio, a partir de R$ 5.000, e Nível Superior, até R$ 14.000, dependendo do cargo.

Importante: todos esses números são estimativas baseadas em solicitações e informações preliminares. Os valores exatos de vagas e remunerações (incluindo benefícios) serão confirmados apenas no edital.

Requisitos para prestar o concurso da PF 2025

Além da aprovação nas etapas, o candidato precisa cumprir requisitos básicos, que devem ser comprovados geralmente na matrícula do Curso de Formação ou na posse. 

Os principais (com base em editais anteriores) são:

  • Nacionalidade: brasileira ou portuguesa (nos termos do estatuto de igualdade);
  • Idade: mínima de 18 anos na data da matrícula no Curso de Formação Policial ou posse (para cargos administrativos). Não há limite máximo de idade definido em lei para ingresso na PF, mas a aposentadoria compulsória deve ser observada;
  • Escolaridade: Nível Superior completo em qualquer área para Agente, Escrivão e Papiloscopista. Nível Superior em Direito para Delegado (+ 3 anos de atividade jurídica ou policial). Nível Superior em áreas específicas para Perito. Nível Médio para Agente Administrativo (e Superior para cargos específicos da área de apoio). Além disso, o candidato precisa ter diploma reconhecido pelo MEC;
  • Obrigações: estar em dia com as obrigações eleitorais e militares (para candidatos do sexo masculino);
  • Direitos Políticos: estar em pleno gozo dos direitos políticos;
  • CNH: possuir Carteira Nacional de Habilitação – CNH, categoria B ou superior, válida e sem impedimentos, no momento da matrícula no Curso de Formação (para cargos policiais). Atenção: este requisito costuma ser verificado apenas no CFP, mas é essencial já possuí-la ou estar providenciando;
  • Aptidão: possuir aptidão física e mental para o exercício das atribuições do cargo, comprovada nas fases de TAF, Exame Médico e Avaliação Psicológica;
  • Idoneidade: ter conduta social e moral ilibada, comprovada através da Investigação Social.

Observação: verifique cada requisito detalhadamente no edital quando ele for publicado. Questões sobre atividade jurídica (Delegado), validade de diplomas EAD, ou mesmo interpretações sobre a CNH podem gerar dúvidas ou contestações.

Quais são as etapas do concurso da PF 2025?

O concurso da Polícia Federal – PF 2025 promete ser um dos mais exigentes e completos dos últimos anos, reunindo etapas rigorosas que vão muito além de uma simples prova escrita. 

Por se tratar de uma das instituições mais respeitadas do país, o processo seletivo é cuidadosamente estruturado para selecionar apenas os candidatos mais preparados — física, emocional e intelectualmente.

Cada fase tem um objetivo específico dentro da seleção: avaliar conhecimentos teóricos, preparo físico, equilíbrio psicológico, conduta moral e, por fim, a capacidade de se adaptar ao ambiente e aos valores da carreira policial. 

É um verdadeiro funil que exige comprometimento máximo e preparação estratégica desde o primeiro dia de estudos.

A seguir, você vai conhecer os detalhes de cada uma das etapas previstas no concurso da PF 2025, desde o edital até a posse. 

Essas fases podem variar de acordo com o cargo pretendido, mas todas seguem o padrão de excelência e rigor característico da Polícia Federal. 

Prova objetiva e discursiva

A prova objetiva e a prova discursiva são as duas primeiras grandes etapas do concurso da Polícia Federal de 2025, e costumam acontecer no mesmo dia.

A prova objetiva é composta por questões de múltipla escolha. 

Nessa parte, o candidato precisa marcar a alternativa correta entre as opções apresentadas. 

Já a prova discursiva é um texto que o candidato precisa escrever, podendo ser uma redação dissertativa ou uma resposta mais técnica sobre algum tema atual ou jurídico. 

Aqui, o que conta é a capacidade de argumentar com clareza, coerência, coesão e domínio da norma culta da língua portuguesa.

Confira mais detalhes dessa etapa:

  • Conteúdo: abrange conhecimentos gerais (Português, Raciocínio Lógico, Informática, Atualidades – para alguns cargos) e específicos (Direito Administrativo, Constitucional, Penal, Processo Penal, Leis Especiais, Contabilidade, TI – variando muito conforme o cargo);
  • Formato (Histórico Cebraspe): geralmente questões no formato “Certo/Errado”, onde uma resposta errada anula uma certa. A prova discursiva costuma ser uma redação sobre tema atual (cargos de Agente/Escrivão/Papiloscopista) ou peças/questões específicas (Delegado/Perito);
  • Caráter: eliminatório e Classificatório;

Direitos do candidato na prova objetiva e discursiva

Durante a aplicação da prova objetiva e discursiva do concurso da PF 2025, o candidato possui uma série de direitos que precisam ser respeitados para garantir a lisura e a igualdade do processo seletivo. 

Abaixo estão os principais direitos dos candidatos nessa etapa:

  • Direito ao tempo integral da prova: conforme estabelecido no edital, sem interrupções indevidas;
  • Direito a condições especiais para PCD: se previamente solicitadas e autorizadas (ex: tempo adicional, prova em braile, local adaptado);
  • Direito à confidencialidade da prova discursiva: assegurando correção sem identificação do candidato;
  • Direito de contestar o gabarito preliminar: por meio de recurso administrativo no prazo previsto;
  • Direito à ampla acessibilidade (se PCD): incluindo intérprete de Libras ou ledor, quando autorizado;
  • Direito de permanecer com o caderno de questões: quando previsto, ao final da prova;
  • Direito de acompanhar a divulgação de notas e resultados: com possibilidade de recurso nos prazos estabelecidos.

Teste de Aptidão Física (TAF)

O Teste de Aptidão Física – TAF, é uma das etapas mais exigidas do concurso da Polícia Federal, e tem como objetivo avaliar se o candidato possui o condicionamento físico necessário para exercer as atividades do cargo pretendido. 

Essa fase ocorre após a aprovação na prova objetiva e discursiva, e é eliminatória, ou seja, quem não atinge os índices mínimos é desclassificado, mesmo que tenha ido bem nas provas anteriores.

Durante o TAF, o candidato realiza uma série de exercícios padronizados (conforme você vai ver abaixo), que variam conforme o sexo e o edital do cargo. 

A preparação antecipada e contínua é essencial para obter um bom desempenho, pois os critérios são rigorosos e o tempo entre a convocação e a realização do teste costuma ser curto.

Veja os detalhes dessa etapa:

  • Testes comuns: barra fixa (pronação para homens, isometria para mulheres), impulsão horizontal (salto), natação (50 metros) e corrida de 12 minutos. Os índices mínimos são definidos no edital;
  • Caráter: eliminatório;
  • Observação: é uma etapa que reprova muitos candidatos bem preparados intelectualmente, não subestime nenhum teste.

Direitos do candidato no TAF

Os principais direitos do candidato no TAF são:

  • Ser avaliado sob condições climáticas adequadas (sem chuvas fortes, ventanias excessivas que prejudiquem o desempenho nos padrões do edital);
  • Ter os testes aplicados e avaliados por pessoal qualificado, seguindo estritamente as regras de execução do edital;
  • Ter seu desempenho registrado de forma clara (vídeo ou anotação);
  • Ter direito a recurso administrativo em caso de discordância da avaliação ou das condições de aplicação. A filmagem do teste (quando disponível ou realizada pelo próprio candidato, se permitido) é prova crucial;
  • Condições médicas temporárias (lesões recentes) geralmente não permitem remarcação, salvo exceções muito específicas previstas em lei ou edital (ex: gestantes).

Exame Médico

O Exame Médico é uma etapa eliminatória do concurso da Polícia Federal que visa verificar se o candidato apresenta boas condições de saúde física e mental para exercer as funções do cargo pretendido. 

Ele acontece após a aprovação nas fases anteriores, como as provas escritas e o Teste de Aptidão Física – TAF.

Durante essa etapa, o candidato passa por uma avaliação clínica e entrega uma série de exames laboratoriais e de imagem, exigidos previamente no edital. 

A comissão médica responsável analisa se há alguma condição de saúde que possa comprometer o desempenho das atividades policiais. 

Ter atenção aos prazos e aos documentos exigidos é essencial, pois a não entrega correta pode resultar na eliminação do certame.

Veja as principais causas de eliminação nesta etapa:

  • Doenças cardiovasculares graves, como hipertensão descontrolada, arritmias ou insuficiência cardíaca;
  • Problemas respiratórios severos, como asma grave ou doenças pulmonares obstrutivas crônicas – DPOC;
  • Transtornos psiquiátricos, incluindo depressão grave, transtorno bipolar ou esquizofrenia;
  • Alterações neurológicas, como epilepsia ou histórico de convulsões recentes;
  • Deficiências auditivas ou visuais não corrigíveis, que prejudiquem o desempenho em atividades operacionais;
  • Hérnias ou doenças ortopédicas incapacitantes, como escoliose acentuada ou artrose avançada;
  • Diabetes mellitus descompensado ou uso contínuo de insulina;
  • Doenças infecciosas ativas, como hepatite B/C em fase ativa ou HIV com imunidade comprometida;
  • Alterações nos exames laboratoriais, como função renal ou hepática fora dos padrões aceitáveis;
  • Uso de substâncias ilícitas, detectado em exames toxicológicos.

Direitos do candidato no Exame Médico

Os principais direitos dos candidatos nessa etapa são:

  • Saber previamente quais exames e condições são considerados incapacitantes (listagem no edital);
  • Apresentar seus exames realizados por clínicas/profissionais de sua escolha (desde que atendam às especificações do edital);
  • Ser avaliado por junta médica oficial do concurso;
  • Receber parecer fundamentado em caso de inaptidão;
  • Apresentar recurso administrativo, anexando novos exames ou laudos de médicos especialistas contestando a decisão da junta médica;
  • Buscar a via judicial se a reprovação for baseada em condição que não impede o exercício do cargo ou se o laudo for genérico/sem fundamento.

Avaliação Psicológica

A Avaliação Psicológica é uma etapa eliminatória do concurso da Polícia Federal que tem como objetivo verificar se o candidato possui o perfil psicológico compatível com as exigências do cargo pretendido. 

Essa etapa ocorre após o Teste de Aptidão Física – TAF e o Exame Médico.

Durante essa fase, o candidato é submetido a uma série de testes padronizados, aplicados por profissionais de Psicologia habilitados. 

Esses testes avaliam aspectos como equilíbrio emocional, autocontrole, tomada de decisão sob pressão, agressividade, impulsividade, atenção, memória e capacidade de trabalho em equipe. 

Não é necessário ter “perfil ideal”, mas sim evitar características que comprometam o exercício seguro e ético da função policial.

Veja as causas mais comuns de eliminação nessa etapa:

  • Instabilidade emocional acentuada: que comprometa a atuação em situações de risco ou estresse;
  • Agressividade fora dos padrões aceitáveis: dificultando a convivência e o uso proporcional da força;
  • Baixa resistência à frustração: o que pode interferir na tomada de decisões em campo;
  • Dificuldade de atenção ou concentração: prejudicando a execução de tarefas operacionais;
  • Impulsividade elevada: incompatível com a necessidade de autocontrole do policial;
  • Alterações cognitivas graves: como problemas de memória ou raciocínio lógico abaixo do esperado;
  • Indicadores de transtornos psicológicos: como ansiedade incapacitante, fobias extremas ou traços paranoides marcantes;
  • Perfil de dependência emocional ou dificuldade de lidar com hierarquia: essencial para funções institucionais.

Direitos do candidato na Avaliação Psicológica

Os principais direitos dos candidatos nessa etapa são:

  • Conhecer previamente quais características serão avaliadas (perfil profissiográfico, geralmente anexo ao edital);
  • Ser avaliado por psicólogos registrados no Conselho Regional de Psicologia (CRP);
  • Ter direito a uma entrevista devolutiva (presencial ou online) com um psicólogo da banca para entender os motivos da contraindicação (muito importante!);
  • Receber um laudo síntese fundamentado explicando os motivos da contraindicação (ainda que a fundamentação detalhada só seja acessível na via judicial em alguns casos, devido ao sigilo dos testes);
  • Apresentar recurso administrativo, geralmente acompanhado de um laudo de um psicólogo assistente contratado pelo candidato, contestando a avaliação da banca;
  • Buscar a via judicial se o laudo da banca for genérico, contraditório, ou se houver vícios na aplicação dos testes ou na entrevista. A legalidade dos critérios e a objetividade (dentro do possível) da avaliação podem ser questionadas judicialmente.

Investigação Social

A Investigação Social é uma das etapas mais criteriosas e eliminatórias do concurso da Polícia Federal

Seu objetivo é verificar a conduta e a idoneidade moral do candidato, tanto em sua vida pública quanto privada, para garantir que ele esteja em conformidade com os princípios éticos exigidos para o exercício da função policial.

Nessa fase, a Administração Pública analisa documentos, ficha funcional (caso o candidato já seja servidor), histórico criminal, informações de órgãos oficiais e até dados obtidos por meio de entrevistas com vizinhos, ex-empregadores, colegas e familiares. 

O intuito é assegurar que o candidato tenha reputação ilibada, conduta compatível com o cargo e não esteja envolvido em práticas ilícitas ou comportamentos que desabonem sua nomeação.

As causas mais comuns de eliminação nessa etapa são:

  • Envolvimento em crimes ou contravenções penais, mesmo que sem condenação transitada em julgado;
  • Participação em facções criminosas ou grupos suspeitos, ainda que de forma indireta;
  • Comportamento agressivo, desonesto ou antiético comprovado, mesmo fora do ambiente profissional;
  • Uso de identidade falsa ou falsificação de documentos, inclusive em fases do concurso;
  • Histórico de dependência química sem comprovação de tratamento ou recuperação eficaz;
  • Atos de indisciplina grave em empregos anteriores ou como servidor público;
  • Atitudes preconceituosas, machistas, racistas ou homofóbicas comprovadas;
  • Condutas que atentem contra a honra ou imagem da instituição policial;
  • Participação em manifestações violentas ou contrárias ao Estado Democrático de Direito;
  • Uso abusivo das redes sociais, como publicação de conteúdos ilícitos, violentos ou incompatíveis com o serviço público.

Direitos do candidato na Investigação Social

Os principais direitos dos candidatos nessa etapa são

  • Preencher o formulário (FIC / FIP) com informações verdadeiras e completas. A omissão é um dos maiores motivos de reprovação;
  • Ter sua vida pregressa avaliada com base em fatos concretos e relevantes, e não em boatos ou suposições
  • Ser notificado em caso de contraindicação (geralmente de forma sucinta) e ter a oportunidade de apresentar recurso administrativo, onde poderá apresentar documentos e justificativas para contestar os fatos apontados pela comissão de investigação
  • Buscar a via judicial se a reprovação for baseada em fatos inverídicos, irrelevantes, muito antigos (prescritos), ou se houver violação aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade.

Heteroidentificação 

A heteroidentificação é uma etapa aplicada nos concursos públicos quando há reserva de vagas para candidatos autodeclarados pretos ou pardos. 

O objetivo é confirmar se a autodeclaração do candidato é compatível com os critérios fenotípicos definidos para o acesso às cotas raciais, evitando fraudes e garantindo o cumprimento da política de ações afirmativas.

Durante essa etapa, uma comissão especializada avalia, presencialmente ou por meio de foto/vídeo, as características fenotípicas do candidato (como cor da pele, cabelo, nariz, lábios e outros aspectos visíveis) sem considerar documentos, ascendência ou origem familiar. 

Essa análise é feita de forma ética, técnica e com base em critérios estabelecidos por órgãos como o Ministério da Igualdade Racial e o STF.

As causas mais comuns de eliminação nessa etapa são:

  • Incompatibilidade entre a autodeclaração e os traços fenotípicos observáveis;
  • Ausência de características físicas que se enquadrem nos critérios de negritude adotados pela banca;
  • Tentativa de fraude com maquiagem, alteração de cabelo ou uso de filtros digitais em vídeos/fotos;
  • Comportamento desrespeitoso ou desonesto com a comissão avaliadora;
  • Falta de comparecimento à sessão de heteroidentificação (quando obrigatória);
  • Declarações públicas ou conteúdos em redes sociais negando a identidade racial autodeclarada no concurso.

Veja agora como funciona o Procedimento de Heteroidentificação na Cebraspe (banca do último edital):

  • Procedimento – Baseado em Editais Anteriores da Cebraspe: geralmente presencial, com gravação obrigatória. A comissão avalia as características fenotípicas. A banca Cebraspe costuma ter um procedimento padronizado, mas a análise da comissão ainda possui subjetividade;
  • Caráter: eliminatório (das vagas de cotas). O edital definirá se o candidato reprovado continua na ampla concorrência ou é eliminado do certame;

Direitos do candidato na heteroidentificação

Os principais direitos dos candidatos nessa etapa são:

  • A composição exata da comissão;
  • Os critérios específicos que serão observados (se detalhados);
  • O procedimento exato para solicitar a cópia da gravação;
  • Observação: em caso de reprovação, o recurso administrativo é crucial. Anexe fotos, argumente sobre suas características fenotípicas visíveis e, se possível, referencie o vídeo da sua avaliação;

Avaliação de Títulos (somente para alguns cargos)

A Avaliação de Títulos é uma fase classificatória (ou seja, não elimina o candidato, apenas atribui pontos extras) e geralmente ocorre após a correção das provas discursivas

Ela é prevista apenas para alguns cargos de nível superior, especialmente aqueles que exigem formação técnica ou acadêmica mais robusta, como delegado, perito e cargos administrativos de alto nível.

Nessa etapa, os candidatos aprovados nas fases anteriores podem apresentar comprovações de sua formação e experiência profissional para somar pontos à sua nota final. 

Os títulos aceitos e seus respectivos valores são definidos previamente no edital.

Os principais títulos exigidos são:

  • Doutorado; 
  • Mestrado; 
  • Especialização (pós-graduação lato sensu);
  • Experiência profissional na área; 
  • Aprovação em outros concursos; 
  • Publicação de artigos/livros. 

Obs: geralmente o edital define quais títulos são aceitos e a pontuação de cada um.

É importante ressaltar que:

  • Não é obrigatório apresentar títulos, ou seja, quem não os possui não é eliminado;
  • Só serão aceitos títulos expedidos até a data limite indicada no edital;
  • Os documentos devem ser entregues conforme as regras e prazos estabelecidos pela banca.

Direitos do candidato na Avaliação de Títulos

Os principais direitos dos candidatos nessa etapa são:

  • Apresentar os documentos comprobatórios conforme as exigências do edital (atenção a prazos e formatos!);
  • Ter seus títulos pontuados corretamente de acordo com a tabela do edital;
  • Apresentar recurso caso discorde da pontuação atribuída.

Curso de Formação Policial – CFP

O Curso de Formação Policial – CFP, é uma etapa eliminatória e classificatória obrigatória para os candidatos aprovados nas fases anteriores do concurso da Polícia Federal – PF

Esse curso ocorre após a aprovação nas provas e demais testes, e tem como objetivo preparar os futuros policiais para os desafios da profissão.

Durante o CFP, os candidatos passam por um treinamento intensivo que envolve tanto aspectos teóricos quanto práticos, abordando temas como técnicas de investigação, direitos humanos, noções de direito penal e processual penal, uso progressivo da força, estratégias de abordagem e defesa pessoal, entre outros. 

Além disso, são realizadas aulas práticas e exercícios simulados em campo, com situações que podem ocorrer no cotidiano da polícia.

Os pontos principais do Curso de Formação Policial são:

  • Carga horária: O curso costuma durar de 2 a 3 meses, dependendo do cargo e da localidade, e é exigido de todos os candidatos para a conclusão do concurso;
  • Treinamento físico e técnico: o candidato é avaliado em suas habilidades físicas (corrida, resistência, entre outros) e também recebe treinamento especializado nas atividades do cargo de policial;
  • Eliminatório e classificatório: quem não atingir o desempenho mínimo exigido nas provas práticas e teóricas do curso está eliminado do concurso, mas aqueles que forem bem-sucedidos têm um aumento em sua classificação final.

Ao final do curso, os aprovados estão prontos para exercer as funções de policial federal e começam a atuar nas diversas áreas da corporação, de acordo com a vaga para a qual foram classificados.

Direitos do candidato no CFP

Os principais direitos nessa fase são:

  • Receber auxílio financeiro durante o curso (geralmente 50% do subsídio inicial do cargo);
  • Ter acesso às regras de avaliação e aprovação;
  • Direito a recurso contra avaliações específicas dentro das normas da ANP. 

Obs.: reprovações no CFP também podem ser contestadas administrativa e judicialmente se houver ilegalidade ou erro na avaliação.

Análise do Último Edital da PF

A análise do último edital da Polícia Federal – PF é fundamental para os candidatos que desejam entender os requisitos, etapas e detalhes específicos do concurso. 

O edital fornece informações cruciais, como os cargos oferecidos, número de vagas, requisitos de escolaridade, salários, etapas de seleção, e os próximos passos do concurso. 

Ao analisá-lo com atenção, o candidato pode traçar um plano de preparação mais eficaz, ajustando seu foco para as provas, exames e fases do processo seletivo. 

Acompanhar os detalhes do último edital também é essencial para identificar mudanças nos critérios e nas exigências, que podem variar a cada novo concurso.

Quais matérias foram cobradas para o seu cargo de interesse? 

Com base no último edital da Polícia Federal (PF), as matérias cobradas para os cargos de interesse podem variar conforme o cargo específico. 

Para ilustrar, abaixo estão as disciplinas exigidas para alguns cargos mais comuns dentro do concurso da PF

Lembre-se de que cada cargo tem uma grade de matérias próprias e é importante verificar o edital completo para garantir que você está se preparando corretamente para a seleção do seu cargo de interesse.

Para o cargo de Agente da Polícia Federal, as principais matérias cobradas foram:

  • Língua Portuguesa: compreensão e interpretação de textos, ortografia, gramática e literatura;
  • Raciocínio Lógico e Matemática: questões de lógica matemática, problemas numéricos e raciocínio lógico;
  • Conhecimentos de Informática: sistemas operacionais, internet, e aplicativos de uso comum;
  • Legislação e Direito: Direito Constitucional, Administrativo, Penal, Processual Penal, entre outros;
  • Noções de Criminalística e Polícia Judiciária: fundamentos da atividade policial, técnicas de investigação, e conceitos básicos de criminalística.

Já para o cargo de Perito Criminal, as matérias foram focadas na área técnica do cargo e incluíram disciplinas como:

  • Língua Portuguesa: como descrito acima;
  • Raciocínio Lógico e Matemática: focado em lógica aplicada à análise de dados e resolução de problemas;
  • Noções de Direito: Direito Penal, Processo Penal e temas relacionados à atuação pericial;
  • Legislação Específica: códigos e normas pertinentes à área de perícia.

A avaliação também inclui uma parte prática e técnica, de acordo com a área de especialização do cargo. 

É fundamental que os candidatos consultem o último edital para confirmar as matérias atualizadas e as exigências específicas, pois elas podem variar conforme o cargo escolhido e o ano de realização do concurso.

Houve alguma novidade em relação a editais anteriores?

Sim, o último edital da Polícia Federal trouxe algumas novidades importantes em relação aos editais anteriores, especialmente no que diz respeito à ênfase em áreas estratégicas e ao perfil mais técnico dos candidatos. 

Veja os principais pontos de destaque:

  • Conteúdo mais aprofundado em Informática: mesmo nos cargos não específicos de TI, houve um reforço nas cobranças de conhecimentos técnicos de informática, com maior foco em segurança da informação, sistemas operacionais e análise de dados, além do uso de ferramentas tecnológicas na investigação criminal;
  • Ênfase em legislações específicas e atualizadas: o edital passou a cobrar normas mais recentes, como a Lei Geral de Proteção de Dados  – LGPD e a Lei Anticrime – Pacote Anticrime, demonstrando a preocupação da banca com a atualização dos conteúdos jurídicos;
  • Ampliação do número de vagas e da regionalização: o concurso também refletiu uma tentativa de ampliar o número de convocados para reforçar a atuação da PF em regiões estratégicas do país, com vagas distribuídas de forma mais descentralizada;
  • Digitalização e modernização no processo seletivo: o processo seletivo vem sendo mais digitalizado e transparente, com melhorias no acompanhamento online de fases, cronogramas e publicações.

Como foi a distribuição de questões?

A distribuição de questões no último concurso da Polícia Federal (realizado em 2021, organizado pelo Cebraspe) variou de acordo com o cargo. 

A seguir, apresento a distribuição de questões da prova objetiva para o cargo de Agente de Polícia Federal, que costuma ser um dos mais concorridos e serve de base para o modelo de provas da corporação:

Bloco I – Conhecimentos Gerais (peso 1)

  • Língua Portuguesa – 24 questões;
  • Noções de Informática – 6 questões;
  • Raciocínio Lógico – 6 questões;
  • Atualidades – 6 questões.

Bloco II – Conhecimentos Específicos (peso 1)

  • Noções de Direito Administrativo – 5 questões;
  • Noções de Direito Constitucional – 6 questões;
  • Noções de Direito Penal – 10 questões;
  • Noções de Direito Processual Penal – 10 questões;
  • Legislação Especial – 10 questões.

Bloco III – Conhecimentos Específicos de Investigação e Segurança (peso 2)

  • Estatística – 6 questões;
  • Contabilidade – 6 questões;
  • Arquivologia – 6 questões;
  • Administração – 9 questões.

Peso das questões e pontuação total

  • Blocos I e II: peso 1;
  • Bloco III: peso 2;
  • Pontuação máxima: 120 pontos (critério de correção por certo/errado – estilo Cebraspe, com anulação em caso de erro).

Lembrando que o total de questões para o concurso PF 2025 foi de 120.

Qual foi a nota de corte aproximada do Concurso PF 2025?

Como o edital do Concurso PF 2025 ainda não foi oficialmente publicado e a seleção ainda está em fase preparatória, não há nota de corte definida para essa edição

No entanto, é possível ter uma estimativa com base no concurso anterior, realizado em 2021. 

Naquele certame, a nota de corte variou conforme o cargo e a ampla concorrência ou reserva de vagas em cotas. 

Para o cargo de Agente, por exemplo, a nota de corte na ampla concorrência girou em torno de 80 pontos líquidos, já considerando o estilo de correção do Cebraspe (em que um erro anula um acerto). 

Para Escrivão, a média foi semelhante. 

Já para os cargos mais técnicos ou com número menor de vagas, como Papiloscopista e Perito, as notas de corte foram mais altas, muitas vezes ultrapassando os 85 pontos líquidos. 

Vale lembrar que essa pontuação inclui apenas a prova objetiva, já que o candidato ainda precisa passar por todas as demais etapas, como discursiva, TAF, exame médico e avaliação psicológica. 

Portanto, quem deseja concorrer com chances reais na PF 2025 deve mirar uma pontuação acima de 80 pontos líquidos na objetiva, especialmente se o modelo de prova for mantido.

Como foi a prova discursiva?

A prova discursiva no concurso da Polícia Federal é uma das etapas mais decisivas, especialmente para os cargos de Agente, Escrivão e Papiloscopista. 

Aplicada no mesmo dia da prova objetiva, essa fase exige do candidato a produção de um texto dissertativo-argumentativo, com até 30 linhas, sobre um tema atual relacionado à atuação da PF e à realidade do país. 

O conteúdo da redação precisa ser bem estruturado, apresentar argumentos consistentes, lógica textual e uso correto da norma culta da língua portuguesa.

No último concurso, o tema escolhido foi “A atuação da Polícia Federal e a garantia dos direitos e garantias fundamentais”, um assunto diretamente ligado ao papel institucional da corporação. 

A pontuação máxima da prova discursiva foi de 13 pontos, com critérios rigorosos de correção, como por exemplo, domínio do conteúdo, estrutura textual, coesão, coerência e correção gramatical foram analisados com atenção pela banca.

Essa etapa tem caráter eliminatório e classificatório. Isso significa que, além de ser necessário atingir uma nota mínima para permanecer no concurso, a pontuação obtida na redação pode ser determinante para o posicionamento final do candidato na lista de classificação. 

Por isso, quem deseja se destacar precisa se preparar não apenas para responder bem às questões objetivas, mas também para escrever com clareza, profundidade e técnica. 

Quais foram os índices exigidos?

No Teste de Aptidão Física – TAF, do último concurso da Polícia Federal, os candidatos foram avaliados em quatro modalidades obrigatórias, e cada uma exigia desempenho mínimo para aprovação. 

Esses índices variaram entre homens e mulheres. Veja os principais parâmetros exigidos:

Para candidatos do sexo masculino:

  • Barra fixa (tração): mínimo de 3 repetições;
  • Impulsão horizontal: mínimo de 2,07 metros;
  • Corrida de 12 minutos: mínimo de 2.350 metros;
  • Natação (50 metros livre): máximo de 44 segundos.

Para candidatas do sexo feminino:

  • Barra fixa (estática): sustentação por, no mínimo, 15 segundos;
  • Impulsão horizontal: mínimo de 1,66 metros;
  • Corrida de 12 minutos: mínimo de 2.000 metros;
  • Natação (50 metros livre): máximo de 54 segundos.

O TAF tem caráter eliminatório e é comum que muitos candidatos sejam reprovados nessa fase por despreparo ou falta de acompanhamento técnico adequado. 

Por isso, quem sonha em passar no concurso PF 2025 deve se preparar com antecedência e considerar acompanhamento especializado para garantir um bom desempenho. 

Houve alto índice de reprovação em algum teste específico?

Sim, historicamente, o Teste de Aptidão Física – TAF da Polícia Federal apresenta um alto índice de reprovação, e no último concurso isso não foi diferente. 

O teste com maior número de eliminações foi a corrida de 12 minutos, tanto para homens quanto para mulheres. 

Muitos candidatos subestimam essa prova e não se preparam adequadamente para manter o ritmo durante o tempo exigido, o que leva ao fracasso por exaustão ou por não atingir a distância mínima. 

A natação também se destacou como um dos maiores desafios, especialmente entre candidatos que não têm familiaridade com o ambiente aquático. 

Além disso, a barra fixa (tração para homens e sustentação para mulheres) eliminou muitos concorrentes por exigir força e resistência específicas que não são desenvolvidas em treinamentos genéricos. 

Esses dados mostram que, embora os índices mínimos não pareçam tão difíceis à primeira vista, a exigência técnica e física do TAF demanda preparação direcionada e constante.

Como foram detalhados os critérios para exame médico, psicotécnico e investigação social? 

No último concurso da Polícia Federal, os critérios para o exame médico, avaliação psicológica e investigação social foram minuciosamente descritos no edital, reforçando o rigor e a seriedade dessas etapas eliminatórias.

O exame médico teve uma lista detalhada de condições clínicas, sinais e sintomas que poderiam acarretar a eliminação do candidato. 

Foram exigidos diversos exames laboratoriais e laudos específicos, como hemograma completo, raio-x de tórax, eletrocardiograma, entre outros. 

Também houve avaliação presencial por junta médica, que considerava aspectos como mobilidade, visão, audição e saúde mental. 

O edital deixava claro que o candidato precisava estar em plenas condições físicas e mentais para as atividades exigidas no cargo policial.

A avaliação psicológica, por sua vez, utilizou testes padronizados para mensurar traços de personalidade, inteligência e aptidão para o exercício do cargo. 

A banca avaliadora aplicou os testes em ambiente controlado, e os critérios de aprovação foram objetivos: o candidato deveria apresentar perfil compatível com as exigências psicológicas da atividade policial, como controle emocional, impulsividade, agressividade, atenção concentrada, entre outros aspectos. 

O edital ainda previa a possibilidade de o candidato solicitar a devolutiva do resultado, respeitando prazo e procedimento.

Já a investigação social tinha o objetivo de verificar a conduta pregressa do candidato. 

Foram analisados antecedentes criminais, envolvimento com atividades ilícitas, comportamento social e até questões de convivência e postura ética. 

O edital previa a entrega de uma extensa documentação e autorizava diligências complementares, inclusive com visitas ao local de residência ou trabalho, se necessário. 

Qualquer incoerência relevante ou histórico que colocasse em dúvida a idoneidade do candidato poderia resultar em sua eliminação.

Essas etapas foram essenciais para garantir que apenas candidatos com saúde física e mental adequadas, perfil psicológico compatível e vida pregressa ilibada seguissem adiante no certame.

Havia informações sobre a heteroidentificação?

Sim, o último edital do concurso da Polícia Federal trouxe informações claras sobre o procedimento de heteroidentificação, voltado à confirmação da autodeclaração dos candidatos negros (pretos ou pardos) que concorreram às vagas reservadas por cotas raciais.

Esse procedimento foi conduzido após as fases de provas objetiva e discursiva e antes da matrícula no curso de formação. 

O edital estabeleceu que os candidatos autodeclarados negros seriam convocados para comparecer presencialmente perante uma comissão de heteroidentificação, formada por membros com experiência e capacitação na temática racial.

A comissão avaliava exclusivamente os traços fenotípicos do candidato, como cor da pele, características do cabelo e demais elementos visuais, ou seja, não se levava em conta aspectos como origem familiar, documentos ou discurso. 

O processo era filmado para fins de eventual recurso e garantia de transparência.

Se a comissão não confirmasse a autodeclaração, o candidato era eliminado das vagas reservadas e passava a concorrer na ampla concorrência, desde que ainda estivesse classificado para tal. 

Havia prazo recursal específico para contestar o resultado da heteroidentificação, conforme o cronograma previsto.

Esse procedimento reforça o compromisso com a correta aplicação da política de cotas raciais, respeitando os princípios da legalidade, da transparência e da isonomia.

Quanto tempo decorreu entre as principais fases?

No último concurso da Polícia Federal, o tempo entre as principais fases seguiu um cronograma relativamente enxuto, especialmente por se tratar de uma seleção com alto interesse público. 

A publicação do edital ocorreu no final de janeiro, e a aplicação das provas objetiva e discursiva foi realizada cerca de dois meses depois, no fim de março. 

Em seguida, os resultados preliminares saíram em abril, e o prazo para interposição de recursos se estendeu por alguns dias.

A convocação para o Teste de Aptidão Física foi feita logo após o encerramento da fase recursal das provas, com o TAF ocorrendo aproximadamente um mês depois das provas objetivas. 

Já o exame médico e a avaliação psicológica foram realizados em sequência, com poucos dias ou semanas entre uma fase e outra.

A etapa de investigação social teve início simultaneamente às fases médicas e psicológicas, e sua conclusão se deu antes da convocação para o Curso de Formação Policial – CFP. 

A heteroidentificação e a avaliação de títulos (esta última apenas para alguns cargos) também ocorreram nesse intervalo, entre a publicação dos resultados das provas e o início do CFP.

Em média, o intervalo entre uma fase e outra variou de 2 a 6 semanas. 

Todo o processo, desde a publicação do edital até o início do CFP, durou cerca de 7 a 8 meses. 

Esse cronograma pode servir de base para quem está se preparando para o concurso PF 2025, permitindo que o candidato planeje bem seus estudos e a logística para cada etapa.

Como funciona o Recurso Administrativo no Concurso PF 2025?

Diversas fases do concurso da Polícia Federal permitem recurso administrativo, e é crucial que o candidato fique atento aos prazos, que são curtos (geralmente entre 2 a 3 dias úteis) e fatais. 

Por isso, é fundamental acompanhar o site da banca diariamente após cada resultado preliminar. 

O formato de recurso deve ser seguido exatamente como exigido pela banca, que provavelmente será o Cebraspe, utilizando exclusivamente o sistema eletrônico indicado. 

Ao elaborar o recurso, é importante focar na fundamentação técnica, seja contra gabarito, onde é necessário apontar o erro na questão ou na resposta com base na literatura, seja contra a prova discursiva, mostrando onde a correção descumpriu os critérios do edital. 

No caso do Teste de Aptidão Física – TAF, exame médico, psicológico ou heteroidentificação, o recurso deve apontar falhas no procedimento ou na avaliação, anexando provas como laudos ou vídeos. 

Para o recurso da heteroidentificação, é importante solicitar imediatamente a cópia da gravação, analisá-la (preferencialmente com auxílio jurídico) e fundamentar o recurso nas características fenotípicas visíveis e em eventuais falhas da comissão. 

Quando o recurso for mais complexo, como os da prova discursiva, psicotécnica ou heteroidentificação, não hesite em buscar ajuda de professores especializados ou advogados, pois um recurso bem elaborado aumenta significativamente as chances de sucesso.

Ação Judicial

A via judicial deve ser considerada quando o recurso administrativo é indeferido e o candidato acredita que houve uma ilegalidade ou erro grosseiro por parte da banca ou da administração. 

No concurso da PF, algumas situações comuns que podem levar à judicialização incluem:

  • Reprovação no TAF por condições comprovadamente inadequadas ou erro de avaliação flagrante;
  • Reprovação no exame médico por condição irrelevante para o cargo ou sem nexo causal com as atribuições;
  • Reprovação na avaliação psicológica com laudo genérico, contraditório ou sem fundamentação mínima;
  • Reprovação na investigação social por fatos irrelevantes, muito antigos ou inverídicos;
  • Reprovação na heteroidentificação com base em critérios subjetivos demais, sem observância do fenótipo ou com vícios na gravação/procedimento;
  • Erro na contagem de pontos ou na classificação final;
  • Preterição na nomeação.

Importante: a ação judicial exige provas robustas da ilegalidade. A consulta a um advogado especialista em concursos públicos é essencial para avaliar a viabilidade do caso, reunir a documentação necessária e definir a melhor estratégia processual.

Perguntas frequentes sobre o Concurso PF 2025

As principais perguntas que eu recebo aqui no meu escritório em relação ao concurso da PF são:

Preciso ter CNH B para me inscrever nos cargos policiais da PF? 

Geralmente não para inscrição, mas sim para matrícula no CFP.

O TAF da PF é um dos mais difíceis? Quais os índices? 

É exigente. Os índices variam por edital, consultar o último como referência.

Posso ter tatuagem no concurso da PF? 

Sim, desde que não viole valores constitucionais – ex: apologia ao crime, etc. Verificar detalhes no edital.

Como funciona a lotação inicial na PF? É possível escolher? 

Geralmente as primeiras lotações são em regiões de fronteira ou de maior necessidade. A escolha depende da classificação final no CFP e das vagas disponíveis.

Qual a idade máxima para entrar na PF? 

Não há limite legal de idade, apenas a idade mínima e a da aposentadoria compulsória.

Preciso ter porte de arma antes de entrar na PF? 

Não, o porte funcional é concedido após a formação.

A investigação social analisa redes sociais? 

Sim, a conduta online pode ser verificada.

Qual a diferença entre Agente, Escrivão e Papiloscopista na prática? 

Na prática, o Agente atua em investigações e operações policiais. 

O Escrivão cuida da parte documental, lavrando autos e organizando inquéritos. 

Já o Papiloscopista trabalha com identificação humana, como impressões digitais e retratos falados.

Conclusão

Se você ainda tem dúvidas sobre esse assunto e gostaria de conversar com um advogado que realmente entende dessa área, fale conosco agora mesmo pelo Whatsapp. Será um prazer te atender! 😉